Organizadores do evento abriram estradas nesta segunda-feira (4). Chuva provocou lamaçal que isolou cerca de 70 mil pessoas na região

O público do Burning Man começou sua jornada de retorno à casa nesta segunda-feira (4), nos Estados Unidos. O festival de artes de contracultura foi realizado no deserto de Nevada, e devido às condições climáticas, o palco do festival foi transformado em um mar de lama. A chuva do final de semana transformou o solo, e uma pessoa morreu no evento. Alguns artistas, como o DJ Diplo e o comediante Chris Rock escaparam do isolamento com uma carona da caminhonete de um fã.

Os organizadores do evento publicaram um comunicado para que os veículos saíssem formalmente a partir do meio-dia desta segunda-feira. No entanto, alguns participantes relataram que havia um fluxo constante de veículos, desde o amanhecer. De acordo com a emissora de notícias americana CNN, as estradas foram abertas pelos organizadores. A saída passa por uma estrada de terra não pavimentada de 8 km até a rodovia mais próxima. Os organizadores pediram aos que pudessem que adiassem a saída até a manhã de terça-feira para reduzir o trânsito.

Durante o festival, cerca de 70 mil pessoas foram obrigadas a permanecerem onde estavam, e a armazenar comida e água enquanto as autoridades fechavam as estradas e saída. Mas os meteorologistas do Serviço Meteorológico Nacional disseram nesta segunda-feira que a chuva havia passado. Alguns dos participantes do festival ignoraram a ordem de permanecerem parados durante o fim de semana e tentaram caminhar ou dirigir até a rodovia. Outros continuaram a festa mesmo sob a chuva.

O festival

O Burning Man é um festival anual de contracultura e arte que acontece nos desertos de Black Rock, no estado de Nevada, nos Estados Unidos. Este evento é conhecido por sua atmosfera única e eclética, onde os participantes se reúnem para celebrar a criatividade, a expressão artística, a comunidade e a autossuficiência.

A característica mais marcante do Burning Man é a criação de uma cidade temporária chamada "Black Rock City", que surge durante o evento e desaparece depois. Essa cidade é construída pelos participantes e é projetada para ser uma sociedade temporária autossustentável. Não existem transações financeiras dentro da cidade; em vez disso, o evento segue os princípios de "Presenteologia" e "Economia de Dádiva", onde os participantes compartilham livremente recursos, alimentos, arte e experiências uns com os outros.